Via Revista Fórum
Claudia Sheinbaum reforçou: "a soberania não se vende, se ama e se defende"
Neste sábado (3), a presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que não permitirá a presença de tropas dos Estados Unidos em território mexicano, em resposta a declarações atribuídas ao ex-presidente Donald Trump sobre uma possível intervenção militar para combater o narcotráfico.
Durante um evento no Estado do México, Sheinbaum revelou que, em uma ligação telefônica ocorrida em abril, Trump sugeriu o envio de militares norte-americanos ao país. Durante a campanha presidencial no ano passado, o atual presidente dos EUA defendeu publicamente a ideia.
“O território é inviolável, a soberania é inviolável. A soberania não se vende, se ama e se defende”, disse a presidente, reafirmando o compromisso com a autonomia nacional durante a inauguração da Universidade para o Bem-Estar no Parque Ecológico do Lago Texcoco, Estado do México, em 3 de maio de 2025.
Sheinbaum destacou que está aberta à cooperação com os EUA no combate ao crime organizado, especialmente no compartilhamento de informações de inteligência.
No entanto, descartou completamente qualquer possibilidade de presença militar estrangeira.
“Nunca vamos aceitar a presença do Exército dos Estados Unidos no nosso território”, reforçou.
Como alternativa, a líder mexicana propôs que os EUA intensifiquem o controle sobre o tráfico de armas para o México.
Segundo ela, a iniciativa já teria surtido efeito: “Ontem mesmo, Trump deu uma ordem para que tudo fosse feito para impedir a entrada de armas em nosso país”, relatou.
As declarações ocorrem em meio a tensões diplomáticas e à retórica crescente de Trump, que tem defendido ações unilaterais caso o México não consiga conter os cartéis.
Sheinbaum encerrou sua fala reafirmando o caráter independente do México: “O povo quer um país livre e soberano — e é isso que vamos garantir”.