Saudamos a prefeita de Barcelona, Ada Colau, por sua corajosa decisão de suspender os laços institucionais com Israel, incluindo o acordo de irmanamento com Tel Aviv, até que os palestinos possam viver em liberdade, sem ocupação militar e apartheid.
Isso nos lembra dos corajosos Conselhos Municipais, pioneiros na suspensão dos vínculos passados com a África do Sul, durante o apartheid.
Após relatórios das principais organizações internacionais de direitos humanos palestinas, sul-africanas, israelenses – os quais designam Israel como um estado de apartheid e exigem medidas efetivas para cessar a cumplicidade com ele – a decisão de Barcelona deve inspirar instituições ao redor do mundo a interromper seu envolvimento com regimes de opressão. Afinal, o apartheid é um crime contra a humanidade.
Nós, os signatários, nos opomos ao racismo em todas as suas formas e defendemos os princípios de justiça e direitos humanos de uma maneira holística, incluindo os palestinos. Estamos moralmente indignados com as reações vazias de governos poderosos, os quais, ante as graves violações de Israel aos direitos palestinos sob a legislação internacional, somente expressam “preocupação”. Enquanto isso, há décadas armam, financiam e eximem de responsabilidade o sistema de injustiça em Israel, continuando os negócios como sempre.
Com o atual governo israelense – o mais de extrema-direita, racista, sexista e homofóbico de todos os tempos –, mais do que nunca, é necessário exercer pressão para acabar com sua impunidade e fazer valer o respeito aos direitos palestinos sob a lei internacional.
Parabenizamos todos que tornaram essa decisão possível, especialmente os ativistas de direitos humanos que trabalharam incansavelmente e abnegadamente para concretizá-la. Todos vocês nos dão esperança de que a justiça, a liberdade, a igualdade e a dignidade para todos possam prevalecer.
ASSINATURAS
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Aki Kaurismaki – Diretor, roteirista
Adolfo Pérez Esquivel – organizador comunitário, artista, escritor, laureado Nobel
Alexei Sayle – Escritor, comediante, radialista
Alia Shawkat – Ator
Angela Davis – Filósofa, estudiosa
Annie Ernaux – Autora, Prêmio Nobel
Arundhati Roy – Autor
Bella Freud – Estilista
Brian Eno – Músico, produtor
Cherien Dabis – Diretor, roteirista, ator
Christy Moore – Cantora e compositora
Edmilson Rodrigues (PSOL) – Prefeito de Belém (PA), Brasil
Fernando Meirelles – Diretor, roteirista, produtor
George P. Smith – Bioquímico, Prêmio Nobel
Gillian Slovo – Autora, dramaturga
Gloria Wekker – Autora, estudiosa
Hanan Ashrawi – Legislador, político
Jody Williams – Ativista dos direitos humanos, ganhadora do Prêmio Nobel
Judith Butler – Filósofa, escritora
Julie Christie – Ator
Kamila Shamsie – Autora
Ken Loach – Diretor de cinema
Lakhdar Brahimi – Diplomata argelino da ONU
Liam Cunningham – Ator
Mairead Maguire – Ativista pela paz, ganhadora do Nobel
Marianne Faithful – Músico
Mark Ruffalo – Ator
Maxine Peake – Ator
Michael Malarkey – Ator
Michael Mansfield KC – Advogado
Mike Leigh – Diretor, roteirista
Mira Nair – Diretora de cinema
Miriam Margolyes – Ator
Mustafa Barghouti – Legislador, político
Naomi Klein – Autora
Nkosi Zwelivelile “Mandla” Mandela – Legislador, África do Sul
Nora Cortiñas – Co-fundadora, Mães da Plaza de Mayo
Paul Laverty – Roteirista
Peter Gabriel – Músico
Raja Shehadeh – Escritor e advogado
Raji Sourani – Diretor, Centro Palestino de Direitos Humanos
Ramin Bahrani – Diretor, roteirista
Ramy Youssef – Comediante, ator, escritor, diretor
Robyn Slovo – Produtora de cinema e TV
Ronan Bennett – Roteirista, autor
Ronnie Kasrils – Ex-ministro do governo de Nelson Mandela
Ruchama Marton – Fundador, Physicians for Human Rights-Israel
Sara Driver – Diretora de cinema
Sepideh Moafi – Ator
Seun Kuti – Músico
Stephen Rea – Ator
Suad Amiry – Autor e arquiteto
Susan Sarandon – Atriz
Tunde Adebimpe – Músico e ator
V (anteriormente Eve Ensler) – Dramaturgo
Viggo Mortensen – Ator, escritor, diretor, produtor
Yanis Varoufakis – Legislador e economista