Solicito a todas as organizações de direitos humanos, partidos progressistas e organizações de trabalhadores da Colômbia e do mundo que prestem atenção a esta denúncia:
Tenho escutado juristas renomados falando de ruptura institucional no caso do Chanceler da República, o primeiro na história a ser suspenso. Só espero que as delegações internacionais que vêm dos EUA e o Conselho de Segurança da ONU sejam atendidas diretamente e nos ouçam.
Não escutei, por outro lado, que teria sido uma ruptura constitucional quando o Ministério Público investiga o Presidente da República.
Invadiram sindicatos, torturaram e pressionaram testemunhas para que acusassem o presidente e não tiveram êxito; desesperadamente, setores do narcotráfico, autores de delitos de lesa humanidade, políticos corruptos e setores corruptos do MP buscam a saída do presidente do cargo eleito pelo povo.
Inclusive, fatos que foram repetidos várias vezes em campanhas de outros partidos políticos, como o que pertence o procurador-geral, e que foram declarados legais anteriormente, no nosso caso são criminalizados desesperadamente.
Não é o mesmo a contribuição a partidos políticos de um narcotraficante, como o de “El Ñeñe”, que a do sindicato de professores; a contribuição de “El Ñeñe” foi qualificada como legal, a do sindicato de professores é considerada ilegal porque somos progressistas.
Esta ruptura institucional chegou ao ponto máximo de desespero porque as máfias não querem perder o controle de seções inteiras do MP que coloquei em perigo por apresentar uma lista tríplice de mulheres decentes.
A resposta desesperada será não apenas suspender o Chanceler da República, como também processar penalmente o presidente da Ecopetrol e o Superintendente de Serviços Públicos por ter sido presidente do partido Colombia Humana. O MP pedirá meu julgamento político sem ocultar que realizou investigação inconstitucional contra mim, buscando o triunfo que o povo não lhe outorgou.
Como fizeram fisicamente com a UP, agora pensam, usando as instituições, em fazer o mesmo para que apareça como a grande obra de despedida do procurador-geral.
Decidiram pela ruptura institucional. Como presidente da República devo avisar ao mundo da tomada do MP pela máfia e devo solicitar ao povo a máxima mobilização popular pela decência.
Aqui não se pode derrubar um presidente progressista, o primeiro em um século, porque um sindicato de trabalhadores contribuiu legalmente com um partido de esquerda. Chegou o momento da expressão popular.
Gustavo Petro Urego
Presidente da República
2 de fevereiro de 2024.