Encontro entre Trump e Bukele e as graves ameaças aos direitos humanos dos imigrantes

Nota da redação

Nesta segunda-feira, 14 de abril, Donald Trump recebeu, no salão oval da Casa Branca, o presidente de extrema direita de El Salvador, Nayib Bukele. A agenda principal da visita foi a repressão a imigração e a deportação de imigrantes latino-americanos pelos EUA.

Em março passado, o governo Bukele aceitou receber 200 imigrantes venezuelanos, expulsos dos EUA. Estes imigrantes estão presos ilegalmente em presídios de segurança máxima salvadorenhos, segundo Bukele, destinados a terroristas e criminosos muito perigosos.

Trump declarou, após a reunião, que quer deportar para El Salvador “quantos imigrantes for possível”. E ainda, se tiver respaldo legal, poderá até enviar prisioneiros estadunidenses para os presídios de segurança máxima salvadorenhos. Trump chegou a dizer que pode ajudar a financiar a construção de novos mega-presídios em El Salvador. Fato que foi comemorado por Bukele.

Durante o encontro, a família de Kilmar Garcia protestou em frente a Casa Branca. Kilmar é um imigrante salvadorenho, mas vivia nos EUA legalmente, e recentemente foi deportado para os presídios de segurança máxima de El Salvador, em uma ação totalmente ilegal. Inclusive, a Justiça estadunidense já determinou o retorno de Kilmar aos EUA, mas tanto o governo Trump como o governo Bukele se negam a cumprir esta decisão.

Bukele tem se transformado numa das lideranças mais terríveis da extrema direita na América Latina, principalmente por conta de sua agenda de segurança pública, que na prática significa criminalizar os mais pobres e adoção de uma política de encarceramento em massa, inclusive de menores de idade. Segundo Trump, Bukele está realizando “um trabalho fantástico”.

Um fato ficou nítido neste encontro nefasto: existe cada vez mais uma grave ameaça aos direitos humanos dos imigrantes latino-americanos. Mais do que nunca, a tarefa número 1 é derrotar a extrema direita.

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