Genocídio em Gaza: Espanha exige suspensão imediata do acordo UE-Israel

Resolução determina relações políticas e econômicas entre bloco europeu e Tel Aviv; Barcelona denuncia violações contra palestinos.

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, anunciou nesta segunda-feira (23/06) que irá solicitar formalmente ao Conselho da União Europeia a suspensão imediata do acordo de associação entre o bloco e Israel.

A decisão é uma resposta às graves violações dos direitos humanos cometidas por Israel na Faixa de Gaza. O chanceler espanhol também propôs a imposição de um embargo das armas vendidas para Israel e de sanções contra os que minam a solução de dois Estados.

“Não podemos olhar para o outro lado. A União Europeia deve agir diante de violações tão graves do direito humanitário internacional”, declarou Albares a jornalistas nesta manhã.

O Conselho de Assuntos Exteriores da UE deverá debater a proposta na sua próxima reunião. O acordo de associação que a Espanha quer suspender serve de base legal para as relações políticas e econômicas entre a União Europeia e Israel.

Para Albares, defender o direito internacional e proteger civis não é apenas uma obrigação moral. É uma forma de preservar a possibilidade de uma solução pacífica baseada em dois Estados.

A Itália foi contra a proposta de suspensão do acordo UE-Israel. O ministro Antonio Tajani defendeu manter os canais de diálogo abertos com Tel Aviv. Essa relação tem sido essencial, inclusive, para evacuar civis da Faixa de Gaza, afirmou.