Via Opera Mundi
Presidente da Colômbia questionou OEA e Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, denunciou o silêncio internacional das organizações de direitos humanos em relação à agressão dos Estados Unidos no Mar do Caribe, sob o pretexto de combate narcotráfico.
Por meio de sua conta na rede social X, o líder colombiano questionou porque a Organização dos Estados Americanos (OEA) “não se reúne para estudar o problema de violações sistemáticas dos direitos humanos no Caribe?”.
Na declaração, Petro lembrou que a própria Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu que as ações do governo Trump são realizadas com “uma força imensa e desproporcional”, estão matando pessoas e violam o direito internacional no Caribe.
“Por que não há medidas preventivas por parte da Comissão de Direitos Humanos em Washington? Será medo de serem tratados da mesma forma no contexto norte-americano? O que explica o silêncio dos progressistas e dos governos?”, questionou Petro.
O presidente colombiano continuou: “A Convenção Americana sobre Direitos Humanos, assinada pelos EUA, é unilateral? Ela só se aplica aos Estados da América Latina e do Caribe, e não aos Estados Unidos?”.
Diante da inação, Petro afirmou que “a legitimidade da OEA e do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, criado na década de 1970, está sendo redefinida”.
“Ou somos um continente de nações soberanas, ou somos um continente colonizado por um império ”, concluiu o chefe de Estado colombiano.
Novo ataque dos EUA
A declaração de Petro foi feita horas antes do chefe do Pentágono e secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciar, neste domingo (02/11), um novo ataque a uma embarcação supostamente carregada de drogas no mar do Caribe.
Na postagem, Hegseth afirma que três “terroristas” foram mortos e que não houve feridos por parte das Forças Armadas dos Estados Unidos.
Ele acrescentou que a operação em águas internacionais foi motivada por informações de inteligência norte-americana e que os militares dos EUA continuarão a perseguir, “caçar e matar” traficantes de drogas, assim como fizeram com integrantes da Al-Khaeda, escreveu. Com este novo ataque, já são 16 as embarcações destruídas pelas forças norte-americanas em águas internacionais.
(*) Com Brasil de Fato e TeleSUR
