Quem é Daniel Noboa, líder de extrema-direita eleito presidente do Equador

Por Jose Cassio

Via DCM

O jovem de apenas 35 anos é herdeiro de um próspero negócio no setor de exportação de bananas.

Daniel Noboa, aos 35 anos, foi eleito neste domingo, 15, novo presidente do Equador. É empresário e membro de uma tradicional familia que atua na área da exportação de frutas.

Sua chegada à presidência, com apenas dois anos de experiência como deputado, o torna um dos líderes mais jovens do cenário político global.

Noboa garantiu a vitória com 52,30% dos votos, com 92,98% das urnas apuradas.


Herdeiro de uma dinastia próspera encabeçada por seu pai, Álvaro Noboa, uma figura de destaque no Equador e magnata dos negócios com raízes profundas na exportação de bananas, Daniel Noboa é identificado como de orientação política de extrema-direita por líderes sociais, e como o “favorito dos investidores” pela Bloomberg, apesar de sua relativa inexperiência no campo político.

Frequentou universidades nos Estados Unidos, incluindo a de Nova York, Kellogg School of Management, Universidade de Harvard e Universidade George Washington.

O desempenho de Noboa na campanha surpreendeu muitos ao não apenas garantir um lugar no segundo turno, mas também ao superar as expectativas iniciais que o colocavam em terceiro ou quarto lugar nas pesquisas.

Ele se destacou por sua retórica focada na urgência de um “novo Equador” e pelo mantra de que “sem corrupção, o dinheiro é suficiente”, princípios que claramente impulsionaram sua vitória.

De forma estratégica, evitou confrontos diretos com sua adversária, a correísta Luisa González.

Daniel Noboa não apenas se empenha na esfera política, mas também na manutenção de sua saúde física, reservando uma hora todas as manhãs para corridas e exercícios de musculação.


Contudo, com a posse presidencial prevista para dezembro, é provável que tenha que fazer ajustes em sua rotina em prol das crescentes responsabilidades governamentais.

À frente, Daniel Noboa encara um panorama desafiador no Equador, caracterizado por altos índices de insegurança e complexas questões socioeconômicas, incluindo níveis elevados de pobreza e desemprego, além de uma Assembleia Nacional fragmentada.