Colômbia: Petro defende Greve Geral pela Consulta Popular. E CUT colombiana convoca paralisação de 48h para os dias 28 e 29 de maio

Nota da Redação

No último dia 14 de maio, o Senado colombiano rejeitou, por uma diferença de apenas 2 votos (49 X 47), a proposta de realização de uma Consulta Popular (plebiscito oficial) principalmente sobre as propostas de reformas sociais, apresentadas pelo governo progressista de Gustavo Petro.

A votação apertada do Senado vai totalmente na contramão do sentimento popular a favor das reformas propostas pelo governo colombiano. Inclusive, os parlamentares ligados ao governo afirmam que houve várias irregularidades nesta votação, inclusive impedindo que uma parte dos senadores votassem.

No dia 19 de maio, o governo enviou uma nova proposta de Consulta Popular, alterando algumas perguntas e incluindo outras (de 12 para 16 perguntas). Petro aposta na mobilização popular para pressionar uma parte dos senadores, revertendo a decisão antidemocrática anterior.

Ele já esteve numa grande mobilização, na semana passada, na região de Barranquilla. E diante dos manifestantes, afirmou: “Se tivermos que fazer uma greve por tempo indeterminado o presidente estará ao lado do povo, e se eles me expulsarem por isso, uma revolução explodirá na Colômbia porque não vamos nos ajoelhar”.

Atendendo ao chamado do atual presidente, a Central Unitária de Trabalhadores (a CUT colombiana) convocou, conjuntamente com vários movimentos sociais, uma Greve Geral de 48h já para esta semana, nos dias 28 e 29 de maio.

O governo convocou também as chamadas “reuniões públicas abertas”, uma espécie de conferências regionais e distritais, para debater com os movimentos sociais e a população a importância das reformas sociais e a necessidade de organizar a resistência.

A postura combativa e ativa a favor da mobilização popular, defendida por Petro, precisa se transformar numa referência política para o conjunto dos governos progressistas da América Latina.

O momento exige a busca permanente por mobilizar os trabalhadores, a juventude e o conjunto dos explorados e oprimidos para enfrentar a agenda ultra-reacionária da direita e da extrema direita.

A esquerda e os movimentos sociais latino-americanos devem cercar de solidariedade o atual governo colombiano e o movimento pela Consulta Popular. Denunciando internacionalmente toda e qualquer tentativa de golpe contra o governo Petro.