Ataque racista a Vini Jr.: presidente de La Liga apoia partido de extrema-direita e já foi de grupo fascista

Via DCM

 

Se alguém espera uma reação da La Liga, a CBF da Espanha, diante dos repetidos ataques racistas contra o brasileiro Vinícius Jr., craque do Real Madrid, é bom pôr as barbas de molho.

No Twitter, Javier Tebas culpou Vini por ser chamado de “macaco”. “Já aqueles que não deveriam explicar para você o que é e o que pode fazer La Liga em casos de racismo, tentamos explicar para você, mas você não apareceu em nenhuma das duas datas combinadas que você mesmo solicitou. Antes de criticar e insultar La Liga, é preciso que você se informe bem. Não se deixe manipular e certifique-se de compreender plenamente as competências de cada um e o trabalho que temos feito juntos”, escreveu, dirigindo-se ao atleta, que cobrou-lhe providências.

Tebas é apoiador do partido político de extrema-direita espanhol Vox.

O grupo nacionalista obteve em 2019 sua primeira vitória política significativa nas eleições regionais, com votos suficientes para ajudar a formar uma coalizão na região autônoma da Andaluzia.

O Vox busca revogar a lei contra a violência doméstica, argumentando que ela é injusta com os homens, se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e ao aborto. O líder Santiago Abascal pediu o fim da imigração.

Tebas foi membro do partido fascista Fuerza Nueva na década de 1980. “A Espanha precisava de uma alternativa como o Vox. Você tem que respeitar as 400 mil pessoas que votaram neles na Andaluzia”, disse.

Ele já se manifestou também a favor políticos fascistas na vizinha França.

“Se defender a extrema direita significa defender a unidade da Espanha, a vida e o modo de vida católico, eu estou nesse grupo e continuo pensando o mesmo de quando estava no Fuerza Nueva”, afirmou Tebas em uma entrevista de 2016 na qual também elogiou Marine Le Pen quando ela pediu o fim de toda a imigração e a ‘desislamização’ da França.