Por Moon Joon-hyun
Via The Korea Herald
Tradução: Equipe Radar Internacional
O principal sindicato da Coreia do Sul, a Confederação Coreana de Sindicatos (KCTU), deflagrou greve geral, demandando a renúncia imediata do presidente Yoon Suk Yeol.
O anúncio vem em resposta a declaração de Lei Marcial por Yoon na última noite, movimentação duramente criticada como inconstitucional e antidemocrática pelo sindicato.
A greve foi anunciada na manhã de quarta pela direção do KCTU durante coletiva de imprensa. O sindicato localizou suas ações no bojo da luta pela defesa da democracia sul-coreana, acusando Yoon de abuso de autoridade para sua perpetuação no poder num contexto de uma “crise política de sua própria criação”, conforme descreveram.
O KCTU afirma que é a primeira vez em 44 anos que a Lei Marcial é acionada, recuperando um sombrio capítulo da história da Coreia do Sul, quando o regime militar governava a punho de ferro.
“Presidente Yoon revelou sua face ditatorial e anti-democrática recorrendo a essa medida extrema e inconstitucional”, afirmou o KCTU em uma declaração. “Isso marca o fim de seu regime. Nós, junto do povo desta nação, não ficaremos parados.”
O sindicato enquadrou a greve enquanto um divisor de águas num movimento mais amplo de restauração de uma governança democrática, conclamando os cidadãos a somarem forças contra o que eles veem como um viés autoritário por parte da atual administração.
Falando na coletiva de imprensa, o representante da KCTU, Yang Kyung-soo, reafirmou a posição do sindicato. “O grupo de Yoon Suk Yeol falhou em sua rebelião contra o povo. Os cidadãos se voltaram contra as tropas da lei marcial com nada além de suas mãos vazias. É hora do julgamento.” Ele disse, num chamado a punição de todas as figuras do governo envolvidas na declaração de emergência.
O KCTU agora está convocando seus 1.1 milhão de membros, assim como o público em geral, a integrar um protesto massivo na Praça Gwanghwamun, um ponto central em Seul.
O sindicato diz que esse esforço se transformará em um movimento de resistência em grande escala com o objetivo de destituir o presidente Yoon do cargo.