Passados mais de um ano do 07 de outubro, os dados oficiais indicam a morte de mais de 42 mil pessoas na Faixa de Gaza, a maioria mulheres e crianças, e mais de 100 mil feridos, vários mutilados permanentemente. O massacre, considerado genocídio pela África do Sul e cerca de 50 países, inclusive o Brasil, em caso que tramita na Corte Internacional de Justiça (CIJ) na ONU, em Haia, não indica sinais de cessar-fogo definitivo.
Na última semana, a África do Sul apresentou novas 4750 páginas de provas forenses da existência de um genocídio em Gaza, tais como o fato de que já foram usadas mais de 70 toneladas de bombas e que bombardeios se dirigiram a hospitais, escolas, ambulâncias e filas de comida. Com as sucessivas proibições de entrada de ajuda humanitária, a fome, a sede, a desnutrição, a ausência de vacinas e remédios compõe esse verdadeiro horror.
Gaza é uma cidade com mais de 5 mil anos de idade, uma das mais antigas do globo. Não apenas locais de patrimônio histórico, mesquitas e igrejas foram destruídos, como se tornou um ambiente inabitável pela destruição ampla da sua infra-estrutura.
Não fosse suficiente, Netanyahu liderou uma onda de ataques também contra o Líbano, ampliando seu poder de fogo mortal sobre o Oriente Médio e contribuindo ativamente para uma possível escalada do conflito contra qualquer país, como o Irã, que queira se defender. Nesse sentido, foi importante o pedido do Itamaraty de cessar-fogo no Líbano e o início da missão de repatriação de brasileiros residentes no país.
Diante disso, o PSOL apoia todas as declarações de líderes políticos, de diferentes matizes, tais como Pedro Sanchez no Estado Espanhol, que reconhecem que se passa um genocídio em Gaza e que agora se estende ao Líbano. E todas as medidas mais enérgicas propostas por órgãos jurídicos internacionais, grupos de direitos humanos e países como Colômbia e África do Sul que caminhem no sentido do cessar-fogo total e imediato para garantir paz e ajuda humanitária e de interromper o genocídio promovido por Israel e quem está lucrando com a compra e venda de armas utilizadas neste massacre.
4 de novembro de 2024
Executiva Nacional do PSOL